terça-feira, 29 de março de 2011

A MINHA PRIMEIRA EZ

Autor: OS NONATOS (Dupla)
Enviado pelo Poeta: Wilson China (PE)

A minha primeira vez
foi num pé de uma janela
nem foi em pé nem deitado
de frente nem de costela
eu ainda tô pra saber
que posição foi aquela.

Por ela ser de programa
eu fui um pouco sem jeito
quando eu ví ela pelada
deitada em cima do leito
eu disse "valha meu DEUS"
o desmantelo tá feito.

Eu como nã tinha classe
não conversei, não dei cheiro
fiz o seviço depressa
como preá de balseiro
coelho dentro da toca
e galo solto no terreiro.

Com tanta vontade eu vinha
que nem deu tempo esperar
que a mulher tomasse banho
pra perfumada ficar
que aquilo a primeira vez
a gente faz sem cheirar.

Beijei sem querer beijar
e jurei sem cumprir jura
ela vinha me alisando
dos pés até a cintura
no fim me deixou mais mole
do que banana madura.

segunda-feira, 28 de março de 2011

DAS ATITUDES NECESSÁRIAS

Poetisa: LARISSA (MG) - NOP - Nova Ordem da Poesia

É urgente o amor
como um barquinho no mar
é urgente esse ardor
é preciso navegar

Encontrar outros mares
recantos sagrados da alma
colher a flor da roseira
é urgente o som que acalma

Encantos nunca antes navegados
é preciso amar...
amar para não perecer
amar para eternizar
amar para não sofrer
e sonhar para conjugar

É urgente uma canção
que fale de poesia e do barulho do vento
não é preciso argumento
o amor se basta
canta na harpa do coração

É urgente amar
para renovar a esperança e a fé
para ter tudo que se quer
porque a vida pode ser milagrosa
basta deixar o amor gotejar como o orvalho na rosa.

VEM COMIGO...

Poetisa: IZABEL DIAS (Mauá-SP.)


Vem comigo de olhos fechados
acredita mais no sentir que no tato
e sejamos lúcidos de loucos chamados.

Vem comigo mergulhar nas águas dos sonhos
no reflexo de nós e nas gotas de amor do caminho
onde tudo pode ser nada e nada pode ser tudo.

Vem comigo rir e chorar poesia
dar asas aos sentimentos
e a muitos fazer companhia...

terça-feira, 22 de março de 2011

APOLOGIA DA TRISTEZA

Poetisa: REGINA Cnl Poesias (SP)


Que tristeza é essa que domina
será uma síndrome ancestral
que me anima a fazer apologia
da agonia e melancolia.

Sim! porque comigo não combina
será que é destino da poesia
jogar ao vento só o sofrimento
sem abrigo, conforto, só lamento.

Mas é regra que o poeta seja triste
um grito de clamor pelo espaço
para provar que seu amor existe.

E esse grito quanto mais profundo
nem todas as alegrias do mundo
vão valer um soneto que faço.

terça-feira, 15 de março de 2011

TURBILHÃO

ROSANE OLIVEIRA (São Paulo)


Alguma coisa acontece com meu coração
alheio ao sentir
ele anda a ouvir
a mudez da razão.
anda estático,
endurecido,
já nem faz alarido
à pequena emoção!
seu grito é mudo,
e faz-se ouvir no vazio,
apenas bate... bate...
já não estremece,
na masmorra ele fenece,
a esperar seu embate.

Alguma coisa acontece com teu coração...
que o meu não mais se revira
ao toque das tuas mãos;
nem mais te procura
no meio da multidão;
e nesse turbilhão de mudos ecos
jaz a emoção...
que já não sinto!

segunda-feira, 14 de março de 2011

MULHER...

Jardim encantado,
coração aberto em flor
suas atitudes
exalam perfume de amor.

Independente ou submissa
pelas circunstâncias da vida
luta e não desiste
promover Paz e Justiça.

De cabeça erguida
diante das barreiras
ainda dos preconceitos
quer conquistar seus Direitos!


LUCIANE SILVA (Recife/PE.)
Livro: Admirando Idéias (Infanto Juvenil)