"COVEIRO SEM ESPERANÇA" - "NÃO SEPULTE O MEU PASSADO"

Mote oferecido pela corda virtual (INTERPOETICA)
Glosas de Carlos Celso-CARCEL


Se a saudade matasse
eu já teria morrido
não é que eu seja atrevido
se este mote mandasse
para que alguém glosasse
o que tem me judiado
mas um dia sepultado
quero que fique em lembrança
"COVEIRO SEM ESPERANÇA
NÃO SEPULTE O MEU PASSADO"

Num mundo de preconceitos
onde a falcatrua medra
que atire a primeira pedra
dentre os cheios de direitos
quem não possuir defeitos
eu sei que tenho um bocado
temos um lado frustrado
também há um de bonança
"COVEIRO SEM ESPERANÇA
NÃO SEPULTE O MEU PASSADO"

Tive amigo e desafeto
quem é que não tem na vida?
porém de gente querida
meu coração tá repleto
eu te lembro meu dileto
que amei e fui amado
mesmo estando magoado
amo com perseverança
"COVEIRO SEM ESPERANÇA
NÃO SEPULTE O MEU PASSADO"


(20/novembro/2009)

"0 PIOR EM NOSSAS VIDAS" - "É QUE NEM TUDO É AFETO"

Mote e glosas de Carlos Celso-CARCEL


Sua felicitação
me deixa lisonjeado
com o coração apertado
muito cheio de emoção
justo nesta ocasião
que mais um ano completo
com meu cérebro repleto
de coisas não esquecidas
O PIOR EM NOSSAS VIDAS
É QUE NEM TUDO É AFETO.

A vida é um dom de Deus
devemos primar por ela
o meu bom senso revela
momentos felizes meus
sei que também tens os teus
talvez algum predileto
porém de modo indireto
lembramos nossas feridas
O PIOR EM NOSSAS VIDAS
É QUE NEM TUDO É AFETO.

Também não teria graça
se tudo fosse perfeito
ninguém tivesse defeito
não se quebrasse a vidraça
vamos erguer nossa taça
completar este trajeto
saudar de modo direto
tantas etapas vencidas
O PIOR EM NOSSAS VIDAS
É QUE NEM TUDO É AFETO.


(04/novembro/2009-dia do meu aniversário)

VERSOS SOLTOS de Carlos Celso-CARCEL

(Eu recebí um elogio da magnífica poeta Fátima Marcolino e busquei responder em versos, todavia, um sabichão, não vou citar nome, dias atrás havia criticado o poeta que usa dicionário para fazer versos, eu sou um desses, não sou repentista, minha poesia é de bancada com dicionário e tudo; então, talvez tenha sido um pouco infeliz porque essas palavras são dirigidas para outra pessoa, eu fiz uso de um vocabulário espontâneo, conforme mostro)


OBRIGADO, POETISA!
QUEM AGRADECE SOU EU
PELOS VERSOS QUE ME DEU
TAL COMO UM SOPRO DE BRISA
QUE COM CARINHO SUAVISA
MINHA MEMÓRIA CANSADA
QUE JÁ NÃO LEMBRA DE NADA
MAS VOU FAZER UM ESFORÇO
PARA VER SE ME CONTORÇO
NUMA CONVERSA RIMADA.

SOU POETA DE BANCADA
USO CANETA E PAPEL
NÃO SOU NENHUM MENESTREL
NÃO FAÇO RIMA CANTADA
NEM TAMBÉM IMPROVISADA
TUDO QUE FAÇO É ESCRITO
TENTO ATÉ FAZER BONITO
COM MEU MAL VOCABULÁRIO
EU USO O DICIONÁRIO
NESSE MEU MODO IRRESTRITO.

JÁ LÍ SOBRE UM SABICHÃO
QUE SE DIZ PESQUISADOR
CHAMANDO VERSEJADOR
QUEM FALTA IMPROVISAÇÃO
AQUELA INTERPRETAÇÃO
ACHO SER SÓ PRO PRESENTE
POIS EXISTIU MUITA GENTE
QUE NEM VIOLA TOCAVA
TAMBÉM NÃO IMPROVISAVA
OOS SEUS VERSOS EM REPENTE.

MAS É GRANDE O UNIVERSO
PRA SE FAZER POESIA
COM TRISTEZA OU ALEGRIA
QUERO FAZER CADA VERSO
NÃO DEIXAREI SUBMERSO
ESTE DOM DADO POR DEUS
SÓ GARANTO NÃO SÃO SEUS
OS VERSOS QUE FAÇO ESCRITOS
SEJAM FEIOS OU BONITOS
SABICHÃO, ELES SÃO MEUS.

(25/setemnro/2009)

C O N H E Ç O

"Hamilton Rodrigues"
(POETA SERTANIENSE)

Conheço
A morte
A sorte
O azar.
Conheço
A tristeza
A solidão
Que enlouquece
Conheço
A dor
O ódio
Que mata
Conheço
O prazer,
O trunfo,
A derrota
Que acabrunha.
Nas minhas veias
Corre um sangue
Quente e violento
Tenho meu próprio
Medo.
Horror e pavor
Estremeço
O que não conheço
Ninguém o conhece
Liberdade.

COISAS DE VERÃO"

Os trovões anunciaram a chegada
de mais uma tempestade efêmera.
coisas de verão!
coisas de verão!

O sumo sacerdote chorava a perda
de mais uma alma enferma.
pecados enraizados!
pecados enraizados!

O catedrático meteorologista avisava
chuvas, chuvas, chuvas...
calor, calor, calor...

O homem esqueceu sua capa de chuva.
acabou molhado!
acabou molhado!

A mulher perdeu sua jóia...
caiu no bueiro.
coisas da estação!
coisas da estação!

A criança brincou com o barquinho
de papel de embrulho, ouvindo o barulho...
do trovão!
do trovão!

Quando acabou a chuva
veio o arco colorido...
Aliança Santa!
Aliança Santa!

Mas, na cidade atingida
pela torrencial enxurrada...
não havia arca!
não havia arca!

A estrada continuou fechada...
pra manutenção!
pra manutenção!

(JULENI ANDRADE - RJ)

"A MISÉRIA SÓ EXISTE - PORQUE TEM CORRUPÇÃO"

Viver com honestidade
hoje em dia é heroismo
lutando contra o cinismo
de quem é autoridade
que falcatrua a verdade4
que mente com precisão
que engana o cidadão
e do poder não desiste
"A MISÉRIA SÓ EXISTE
PORQUE TEM CORRUPÇÃO"

Enquanto o operário
trabalha e verte suor
podendo ter um melhor
pagamento numerário
vem por trás um salafrário
membro da legislação
a fazer sonegação
a crueldade persiste
"A MISÉRIA SÓ EXISTE
PORQUE TEM CORRUPÇÃO"

O problema é que a lei
existe só no papel
enquanto o pobre é fiel
quanto ao rico eu já nem sei
por esta razão notei
que a safra de ladrão
aumentando em profusão
tem essa origem triste
"A MISÉRIA SÓ EXISTE
PORQUE TEM CORRUPÇÃO"

Apesar de tudo isto
sofra mas seja honesto
lembre-se que foi funesto
o estágio que viveu Cristo
pra salvar um povo misto
sem pudor sem compaixão
sofra sua humilhação
ciente que Deus te assiste
"A MISÉRIA SÓ EXISTE
PORQUE TEM CORRUPÇÃO"

(Mote: Wellington Vicente-Glosas: Carlos Celso-CARCEL)
(23/fevereiro/2010)

"A MISÉRIA SÓ EXISTE - PORQUE TEM CORRUPÇÃO"

(Frase de Gabriel, O PENSADOR)

No país dos mensaleiros
das grandes negociatas
ouço acordes de chibatas
no lombo dos brasileiros
quem cuida dos galinheiros
são raposas que estão
deixando a população
mais desesperada e triste
"A MISÉRIA SÓ EXISTE
PORQUE TEM CORRUPÇÃO"

Falou-se do picaretas
da turma do Alí Babá
mas quem falou vive lá
mamando nas mesmas tetas
Brasília mantém provetas
gerando alienação
e o restante da nação
paciente só assiste
"A MISÉRIA SÓ EXISTE
PORQUE TEM CORRUPÇÃO"

Aquela enorme fazenda
que o deputado comprou
foi da verba que faltou
para comprar a merenda
mas se fosse um Zé da venda
que fizesse tal ação
vinha um doutor valentão
dizendo com o dedo em riste
"A MISÉRIA SÓ EXISTE
PORQUE TEM CORRUPÇÃO"

Autor: Wellington Vicente
Porto Velho, 11/abril/2008