Os trovões anunciaram a chegada
de mais uma tempestade efêmera.
coisas de verão!
coisas de verão!
O sumo sacerdote chorava a perda
de mais uma alma enferma.
pecados enraizados!
pecados enraizados!
O catedrático meteorologista avisava
chuvas, chuvas, chuvas...
calor, calor, calor...
O homem esqueceu sua capa de chuva.
acabou molhado!
acabou molhado!
A mulher perdeu sua jóia...
caiu no bueiro.
coisas da estação!
coisas da estação!
A criança brincou com o barquinho
de papel de embrulho, ouvindo o barulho...
do trovão!
do trovão!
Quando acabou a chuva
veio o arco colorido...
Aliança Santa!
Aliança Santa!
Mas, na cidade atingida
pela torrencial enxurrada...
não havia arca!
não havia arca!
A estrada continuou fechada...
pra manutenção!
pra manutenção!
(JULENI ANDRADE - RJ)
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