domingo, 20 de maio de 2012

ÁGUA PERENE (Lena Ferreira-Rio de Janeiro)

ÁGUA PERENE




                   Soneto da Poetisa/Carioca LENA FERREIRA




Lave o desgosto dessa tua cara
plante um sorriso no sublime rosto
alma tão pura, sim, alma rara
jamais merece provar de tal gosto.


Sabor amargo das lágrimas tristes
peito amuado, os olhos tão baços
consolação, pr'essa hora, inexiste
é muito triste o romper desses laços.


Lave o desgosto em água perene
até que a alegria, ao longe, te acene
verás florido, de novo, o jardim.


Pedra por pedra, de novo, o castelo
antes ruído, voltará a ser belo
dê tempo ao tempo e terás outro sim.

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